2 de julho de 2014
No último feriado de junho, na busca por capturar novas imagens de surf para o documentário A Pedra e o Farol peguei a estrada com o mestre Fabio Gouveia atrás de uma grande ondulação na região do Farol de Santa Marta e Jaguaruna. O objetivo principal era encarar a Laje da Jagua e Fabinho trazia a sua gunzeira 10'4'' zerada que ele fez para o próximo inverno havaiano e queria testar em sua segunda experiência nesta onda oceânica.A ansiedade era grande com o forte barulho do mar na noite anterior, mas a previsão do vento sudoeste um pouco forte demais para a onda oceânica da laje acabou se confirmando na manhã seguinte. Assim, a turma da Atow-inj, decidiu abortar a missão e procurar um big surf alternativo no pico do Quebra-Ossos nos molhes de Laguna.
Jacaré na cavada |
Chegando lá, faces irregulares de mais de 3 metros na série, alisadas por um terral em diagonal compunham o belo cenário do local e eu me posicionei do outro lado do canal, de frente para o pico para registrar a sessão, enquanto a galera partiu com o auxilio do jet ski pelo lado do Cabo de Santa Marta.
Paulista testando a gunzeira nova |
Na barca, além de Fabinho, estavam os big riders locais Thiago Jacaré e André Paulista, que estreavam uma recém-adquirida gunzeira 10'4'' do shaper Jorge Vicente, o gaúcho Fabiano Tissot, com seu hibrido de SUP, o surfista local de Laguna, Pepeu e o amigo Marcos Cabral, que surfou de tow-in.
Como era feriado, logo o farol na ponta dos molhes onde eu estava posicionado ficou lotado de turistas e moradores que aproveitavam o belo e frio dia de sol para curtir o visual das ondas e dos golfinhos no canal, além dos tradicionais pescadores que batem ponto nas pedras.
Vale notar que a onda do Quebra-Ossos - com seu sugestivo nome - foi se consolidando como pico de big surf nos últimos anos, devido ao alargamento dos molhes que modificaram a bancada, hoje suportando grandes ondulações.
Pepeu numa longa direita |
O mar foi se ajeitando ao longo da manhã, mas a dificuldade de posicionamento complicava a vida da turma que optou pela remada e quem mais pegou onda foi mesmo Tissot, que conseguia avistar melhor as séries remando em pé em seu foguete verde de mais de 11 pés.
Tissot em dois tempos |
Mas passadas algumas horas de surf e com o fundamental auxilio do jet-ski para ajudar nos resgates, todos conseguiram achar suas morras e meu último registro foi uma onda de Fabinho com mais de um minuto de duração, onde ele acelerou com sua gunzeira cor de rosa por toda a extensão da onda.
Encerramos a tarde com um por do sol incrível na Barra da Laguna, comendo uma tainha e assistindo ao jogo do Uruguai e Inglaterra na Copa do Mundo e trocando ideias sobre as ondas surfadas em mais uma sessão de responsa.
Da esq pra direita: Tissot, Paulista, Jacaré, Pepeu e Gouveia |
Um comentário:
Ai sim!
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