Diário das Ilhas

18 de novembro de 2012



Bastou pouco mais que um simples telefonema e de uma hora para outra eu estava acertando os detalhes para embarcar em uma temporada de um mês no Hawaii. Sim, a peregrinação religiosa obrigatória de todo surfista que se preze. As maravilhosas sete milhas do North Shore. O lugar onde tudo começou e para onde tudo sempre volta quando se fala na magia de deslizar sobre as ondas.

Um desejo de mais de 25 anos, desde que ainda moleque comecei a acompanhar as primeiras coberturas das temporadas havaianas nas revistas de surfe e que a cada ano parecia um sonho cada vez mais distante diante das obrigações diárias da vida familiar e profissional.



Mas foi justamente o lado profissional que materializou esta possibilidade e o convite para participar da produção do programa Diário das Ilhas, uma série de espisódios produzidos pelo Grupo Sal para o Canal OFF, foi ao mesmo tempo uma honra, um privilégio e um tremendo desafio. Uma percepção que já vislumbrei muito antes de aterrissar no aeroporto de Honolulu na ilha de Oahu, depois de uma longa viagem e ter que me virar para encontrar o caminho para o North Shore.



E o que posso dizer sobre estes cinco dias em que estive por aqui sem adiantar o conteúdo dos programas que estamos produzindo? Talvez apenas registrar algumas poucas impressões pessoais e imagens aleatórias que consegui reunir em meio a um ritmo intenso de gravações.


Então, vou chover no molhado e dizer que o Hawaii é tudo aquilo que vemos nas revistas, que até agora não achei o crowd nada de tão absurdo, que ontem vi Sunset quebrar clássico com 8 a 10 pés - embora alguns big riders insistam em afirmar que tinha apenas 6 pés de onda e o careca Slater determinar, com a autoridade de quem pegou diversos tubos no local, que o pico estava de gala.



Que acompanhei de perto o evento em Haleiwa com boas onda no primeiro dia e entrevistei toda sorte de surfistas profissionais, desde ídolos como Tom Curren, Kelly Slater e Shane Dorian à talentosa e simpática galera da nova geração brasileira - a incensada Brazilian Storm. Que também troquei ideia com havaianos casca-grossa como Kalani Chapman e um incrivelmente amistoso Sunny Garcia, além de uma extensa lista de personagens bem conhecidos no mundo do surf.


Só não consegui um contato muito bom com um arredio Occy nas duas vezes que o abordei, mas como fã de longa data do "Touro Indomável", só posso agradece-lo por proporcionar alguns flashbacks ao vivo de sua incrível rasgada de frontside, que me levaram de volta ao tempo em que colava posters de revista com suas manobras na parede do meu quarto.


Em geral, senti uma interação muito positiva com todos os surfistas que aqui vivem por alguns meses o supra sumo do sonho de ser surfista. E se uma vez falei que a melhor coisa de ser jornalista é poder ter um motivo para conhecer pessoas que admiramos, aqui no Hawaii a máxima vale mais do que nunca e a lista de personagens só tende a crescer.


E se o pequeno e fundamental detalhe de não ter trazido uma prancha e não haver nenhuma disponível na casa onde estou hospedado tão perto de Sunset - somado à total falta de tempo até aqui para dar pouco mais que alguns mergulhos no mar - pode provocar uma certa frustração, basta um por do sol como este das fotos em Rocky Point para sentir que estes são dias especiais que vão ficar na memória por muito tempo.



Legendas:
Por do sol em Rocky Point / Alejo Muniz rasgando em Rocky Point / + por do sol em Rocky/ Sunny Garcia acelerando para a vitória na bateria dos legends/ vista do palanque em Haleiwa/ Sunset quebrando de jeito/ areias de Sunset/ Sunny Garcia, Kaipo Jaquias, Occy e Tom Curren prestes antes de entrar na água para a bateria dos legends/ Occy e sua rasgada eterna/ perfil dos fotógrafos Paulo Barcelos e Bruno Lemos dois exemplos de brasileiros radicados e respeitados no Hawaii/ por do sol em Rocky Point. 

Muitas das fotos e frames deste post foram feitas pelos colegas abaixo: o cinegrafista Bruno Tessari e o produtor Rodrigo Willon (aka Bombinha), aqui registrados no famigerado Foodland, o único (e caro) supermercado do North Shore.



5 comentários:

Anônimo disse...

Massa!!!! parabéns merece muito estar onde esta!!!!
faça um grande trabalho e divida as sensações de vivier por 30 dias no paraiso com todos nós!
Abraço e fique com Deus.

Muringa disse...

Eu sou soh sorrisos, parabéns amigo, bora pro Farol.....

abs

Maurio disse...

Mas o Occy não morreu?
kkkk

Rafael Mellin disse...

que seja a primeira de muitas temporadas!

e da próxima vez, certamente com pranchas.
(logo mais vou deixar umas aí na casa).

abs!!

Felipe Santos e Camila Alvarez disse...

Belas imagens.
Belo texto.
Experiências descritas que fomentam sonhos de muitos brasileiros.
Parabéns pelo trabalho.
http://surfinsantos.com.br/
Aloha!

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