Monster em dose dupla

24 de agosto de 2009


Rodrigo Resende recebe o Surf & Cult

No embalo da entrega de pranchas para o presidente Lula, tive um encontro com o big rider Rodrigo Resende, onde conversamos por algumas horas sobre diversos assuntos relacionados ao surf.

Em seu apartamento na Barra da Tijuca, o "Monster" contou um pouco de sua trajetória pessoal e profissional para um projeto que estamos formatando e uma matéria a ser veiculada em um futuro próximo. Preparando-se para a temporada de ondas grandes no hemisfério norte e animado com as boas perspectivas por conta do fenômeno El Niño, Rodrigo aguarda com ansiedade a chamada para o próximo big swell seja para desafiar os seus limites no free surf, ou competir ao lado do parceiro de longa data, Danilo Couto.

Apesar de confessar-se um pouco "desiludido" com os campeonatos de tow-in por conta do histórico de julgamentos pra lá de tendenciosos e por considerar que "o surf de ondas grandes não combina muito com competição", Rodrigo sabe da importância destes eventos para a sua carreira profissional e aguarda ainda este ano pela chamada de competições no Chile, Hawaii, Estados Unidos, além dos campeonatos nacionais em Maresias, Ilha dos Lobos e na Barra da Tijuca, o quintal de casa, onde costuma treinar.

Movido pelo sentimento do "soul surf", o big rider carioca conta que investiu tudo o que ganhou com o surf na realização de seu sonho e que pretende encarar as competições profissionais por mais alguns anos, para depois se dedicar exclusivamente às viagens em busca da maior onda surfável do planeta. Com vários títulos nas costas - como os três prêmios Big Trip e o primeiro campeonato mundial em Jaws em dupla com Garreth McNamara -, ele não precisa provar mais nada em termos de coragem e habilidade para encarar este desafio.



Em sua casa, a paixão e envolvimento com o surf está explícita nos muitos troféus, fotos e pranchas, com destaque especial para o modelo Brazil Nuts, a primeira prancha que Rodrigo ganhou de sua mãe quando tinha apenas 12 anos. (foto) Para complementar a sua preparação, nos curtos períodos em que não está viajando pelo mundo, ele gosta de treinar apnéia e jiu-jitsu, além de fazer escaladas. Nas horas vagas, a música é a sua principal fonte de diversão, em sessões de violão e guitarra junto aos amigos.

Das conquistas iniciadas junto à primeira geração de surfistas profissionais brasileiros na segunda metade dos anos 80 - é dele a primeira nota 10 do circuito brasileiro em uma etapa realizada no Guarujá - ao abandono das competições na década seguinte para dedicar-se à medicina e surfar apenas por lazer nos fins de semana, a carreira de Rodrigo sofreu uma reviravolta com o advento do tow-in no final dos anos 90, modalidade que o resgatou para o surf profissional, onde ele pode dar vazão plena à sua paixão por ondas gigantes.

Pioneiro em desbravar algumas das maiores ondas na costa brasileira, como a onda da Ilha dos Lobos (RS) e a Laje da Jagua (SC), Rodrigo relembrou alguns momentos marcantes que contribuiram para o surgimento do apelido "Monster" e a inserção de seu nome na história do surf brasileiro como um dos maiores big-riders de todos os tempos.

Um comentário:

Felipe Siebert disse...

esse bixo é bom...

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